Show de Luzes e Cores na véspera do Ano Novo!

SHOW DE LUZES E CORES NA VÉSPERA DO ANO NOVO! Airton Monteiro

Já faz um bocado de tempo que a gente mexe com computador. Primeiro foram aqueles gigantes, principalmente da IBM, mas existia também a Burroughs. Pesavam uma tonelada ou mais.

Lembra das maquinas leitoras de cartão? A primeira que eu vi, foi no Grupo Itaú. Fui fazer um estágio para assumir a Gerencia administrativa e financeira da Companhia Seguradora Brasileira, recém adquirida pelo grupo, e meu tutor de estágio foi o próprio Dr. Olavo, (Setúbal) Presidente do Grupo. Ele foi me mostrar pessoalmente as engrenagens cibernéticas do grupo, onde as contas de todos seus clientes, no Brasil inteiro, eram processadas. Foi uma experiência fascinante.

Depois, já em 77, entrei para o Centro de Tecnologia de Pernambuco, CETEPE, para criar a área de RH e me deparei com as imensas maquinas de moer carne, como dizia Dr. Arnaldo Barbalho, e passei, mesmo sem querer, a conviver mais de perto com aqueles monstros de sabedoria. Naquele tempo, ainda não se temia os resultados dos seus trabalhos, mas as famosas listagens, listradinhas, feito pijama, enchiam os birôs dos gerentes, com aquele montão de dados a analisar. Logo descobri que pouquíssimos passavam a vista naquilo tudo, que tinha dado tanto trabalho para compor e imprimir. Terminavam servindo de bloco de rascunho.

Depois surgiram os PCs. Não tinha nada a ver com PC Farias do Collor, eram os computadores pessoais! Lembram? Sistema OS/DOS naquela tela preta que só os altamente iniciados podiam arrancar alguma coisa. Os computadores Cobra dos anos 80. Lembram?

Naquele tempo começou-se a difundir que o computador iria acabar com o papel. Ainda hoje estou esperando! Parece que, ao contrário, ele tem uma capacidade louca de gerar papel e mais papel.

E, de repente, não mais que de repente, surgiu o Windows e realmente abriu-se uma janela para o mundo.

Que maravilha! Todos podíamos usar os Computadores pessoais. Escrever, fazer gráficos, apareceu um tal de Power Point, que nos tirou, nós palestrantes, da idade das transparências, folhas de plástico onde escrevíamos e desenhávamos, e nos elevou ao patamar de, a um toque de dedo, – por isso a era digital – as imagens apareciam na tela como por milagre. E nós ficávamos com mais tempo e braços livres para falar do futuro!

Já não precisávamos mais de retroprojetor. Era tudo ligado ao computador. Surgiu o projetor de multimídia! A gente estava vivendo o fim do século XX e afora as profecias de fim do mundo, apareceu o celular, pesado como um tijolo, redondo como um tamanco e com um carregador incomodo. – tá vendo que isso num vai dar certo! – Deu!

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