“Cai cai tanajura, tua bunda tem gordura”… São os gritos de muitas pessoas de nossa cidade catando as tanajuras, elas correndo nos campos, ruas, muros e outros lugares onde passam voando as tanajuras e em seguida caem para serem catadas por homens, mulheres e crianças em nossa cidade.
Elas são catadas e a noite só se sente o forte cheiro delas sendo assadas para muito cometem com farinha e café. Tem até aqueles que catam para venderem, vi algumas pessoas oferecendo nos grupos de WhatsApp , valores diversos de 25, 40 e 70 reais, alguns guardam em bolsas de sacolé, outros em garrafas pet e assim seguem a tradição de catar, comer e vender as formigas tanajuras.
A tanajura é um produto que só tem uma vez por ano e é uma coisa muito difícil”, diz o senhor Silva. A Sra Nilda comprou para casa dois pacotes para não perder o hábito de comer tanajuras, que cultiva desde a infância: “A gente torra, deixa escaldada com sal. Chega em casa é torrar e comer”, diz.
Alguns comercializam a tanajura morta, ela passa por um processo de salmoura em água quente para ficar conservada. Para prepará-la é preciso uma porção de tanajura, manteiga e sal. “É preciso fazer uma limpeza, para isso a gente mata afogadas em água fervendo”, explica o o motoqueiro Pinto, que prepara o prato desde pequeno.
Em seguida retire as asas e as presas da formiga e depois frite as formigas. Derreta a manteiga em fogo médio e acrescente o sal. Em dois ou três minutos ela fica no ponto, disse seu Carlos.
É tradição e tem que que ser respeitado por aqueles que gostam, hoje foi dia de catar, amanhã pode ser novamente e assim a tradição de catar tanajura em época de chuvas vai continuar meu povo.
Da redação.