Segundo estado, nesse estágio, não é mais possível identificar a origem da infecção. Boletim desta quinta (1’º) mostra que 42 casos foram confirmados.
Com 502 casos notificados e 42 atestados por exames laboratoriais, o governo de Pernambuco confirmou, nesta quinta (1º), a transmissão comunitária de varíola dos macacos (monkeypox) no estado. Isso significa que, nesse estágio, não é mais possível identificar a origem da infecção.
O novo boletim foi divulgado no início da noite pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE). Ao todo, o estado tem 351 casos ainda estão em investigação. Até esta quinta, 109 ocorrências tinham sido descartadas.
No boletim anterior, de 26 de agosto, Pernambuco tinha notificado 387 casos e confirmado 23 ocorrências da doença.
Por meio de nota, a secretária-executiva de Vigilância em Saúde, Patrícia Ismael, afirmou que a transmissão comunitária já era esperada, uma vez que “diversos estados do país já confirmaram a circulação sustentada e a disseminação autóctone do vírus”.
Segundo ela, do ponto de vista da vigilância epidemiológica, “permanecem todas as ações de monitoramento e acompanhamento dos casos, assim como a obrigatoriedade da notificação compulsória pelos serviços de saúde”.
O estado afirmou que a maioria dos casos se manifesta de forma leve. No entanto, o governo adverte que a população deve ficar mais atenta com relação aos sintomas, como as lesões na pele.
Segundo o boletim mais recentes, os casos foram confirmados em pacientes dos seguintes municípios:
Recife (27)
Jaboatão dos Guararapes (4)
Paulista (2)
Olinda (2)
Caruaru (2)
Petrolina (1)
Camaragibe (1)
Surubim (1)
São José do Egito (1)
Condado (1)
Desse total, são 36 homens e seis mulheres com casos confirmados de varíola dos macacos em Pernambuco. Todos estão em isolamento domiciliar.
Dezoito pacientes têm entre 20 e 29 anos. Quatorze pessoas estão na faixa entre 30 e 39 e oito, entre 40 e 49 anos. Dois doentes têm mais de 60 anos.
Os 351 casos que estão em investigação são de pessoas residentes nos seguintes municípios:
Recife (53)
Olinda (44)
Jaboatão dos Guararapes (42)
Paulista (25)
Abreu e Lima (13)
Caruaru (10)
Petrolina (11)
Belo Jardim (9)
Cabo de Santo Agostinho (9)
Carpina (9)
Camaragibe (7)
Paudalho (7)
Garanhuns (6)
Limoeiro (5)
Tuparetama (5)
Buíque (4)
Ferreiros (4)
Pesqueira (4)
Araripina (3)
Floresta (3)
Jatobá (3)
Ouricuri (3)
São José do Egito (3)
São Lourenço da Mata (3)
Araçoiaba (3)
Bom Jardim (2)
Brejo da Madre de Deus (2)
Cabrobó (2)
Igarassu (2)
Ipojuca (2)
Itaquitinga (2)
Lagoa Grande (2)
Machados (2)
Nazaré da Mata (2)
Palmares (2)
Pedra (2)
São Caetano (2)
Tabira (2)
Tacaimbó (2)
Afogados da Ingazeira (1)
Alagoinha (1)
Altinho (1)
Arcoverde (1)
Barreiros (1)
Belém do São Francisco (1)
Bezerros (1)
Brejinho (1)
Camocim de São Félix (1)
Casinhas (1)
Catende (1)
Condado (1)
Custódia (1)
Fernando de Noronha (1)
Gameleira (1)
Granito (1)
Gravatá (1)
Itamaracá (1)
Ipubi (1)
Jaqueira (1)
Jucati (1)
Lajedo (1)
Pombos (1)
Rio Formoso (1)
Sairé (1)
Salgueiro (1)
Santa Maria do Cambucá (1)
São João (1)
São Joaquim do Monte (1)
São Vicente Ferrer (1)
Serra Talhada (1)
Timbaúba (1)
Toritama (1)
Vertente do Lério (1)
Vertentes (1)
Os casos notificados são de 198 homens e 151 mulheres. Todos são acompanhados pelas equipes de vigilância epidemiológica municipais
As faixas etárias são as seguintes: 0 a 9 (52 casos), 10 a 19 (58), 20 a 29 (79), 30 a 39 (60), 40 a 49 (51) e 50 a 59 (30) e 60 e mais (19.
A doença costuma causar os seguintes sintomas iniciais:
febre;
dor de cabeça;
dores musculares;
dor nas costas;
gânglios (linfonodos) inchados;
calafrios;
exaustão
Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.
De acordo com o Ministério da Saúde, as pessoas com sintomas da doença devem procurar atendimento médico caso apresentem algum sintoma suspeito, e emitiu as seguintes recomendações:
Mantenham uso de máscaras, principalmente em ambientes com indivíduos potencialmente contaminados com o vírus;
Afastem-se de pessoas que apresentem sintomas suspeitos como febre e lesões de pele-mucosa (erupção cutânea, que habitualmente afeta o rosto e as extremidades e evolui de máculas para pápulas, vesículas, pústulas e posteriormente crostas);
Usem preservativo em todos os tipos de relações sexuais (oral, vaginal, anal) uma vez que a transmissão pelo contato íntimo tem sido a mais frequente;
Estejam alertas para observar se sua parceria sexual apresenta alguma lesão na área genital e, se presente, não tenham contato;
Procurem assistência médica, caso apresentem algum sintoma suspeito, para que se estabeleça diagnóstico clínico e, eventualmente, laboratorial.
Por g1 PE.

Erupções cutâneas são típicas nos casos de varíola dos macacos — Foto: Reprodução/TV Anhanguera