Religioso está preso e internado em estado grave num hospital no Recife.
“Eu nunca mais entrei na igreja. Nunca mais consegui olhar para um padre, porque toda vez que eu olho para um padre, vejo Padre Airton se masturbando. Eu não consigo mais confiar na Igreja Católica. Ele tirou isso de mim”.
A frase é de uma das pessoas que denunciaram o Padre Airton Freire, acusado de estupros na Fundação Terra, em Arcoverde, no Sertão de Pernambuco. A vítima, que não quis se identificar, foi uma das cinco a fazerem denúncias contra o religioso. A defesa nega as acusações.
A mulher que não se identificou contou que a violência aconteceu cerca de um ano e meio antes de Silvia Tavares ser estuprada. Ela contou que, após ser levada por um funcionário da Fundação Terra até a “casinha”, um casebre com telhado de palha onde o religioso dormia, Padre Airton pediu para ela fazer uma massagem nele.
Lá, segundo ela, o padre se masturbou, enquanto o funcionário, que trabalhava no canil, alisava o corpo do religioso. Ele pediu várias vezes que a mulher tirasse a roupa e deitasse com eles, mas ela conseguiu fugir.
“Ele não me penetrou. Ele não estuprou meu corpo. Ele estuprou a minha alma. Ele violentou o que é nosso, o que a gente nasce com a gente, que é a fé. Ele violentou minha fé de uma forma brutal”, disse a mulher.
“Cada vez mais eu sentia necessidade de ir. Eu comecei a ajudar a obra com que eu podia, descontava do meu cartão de crédito mensalmente. Fui aumentando os valores e, o que eu podia fazer, eu queria levar e levar mais pessoas, eu fiz. Fiz meu filho ir… Eu acreditava tanto nele, mas tanto, que me dói a cegueira”, afirmou.
A vítima também disse que sente culpa por não ter denunciado o caso antes, para evitar que outras pessoas tivessem sido vítimas do religioso. Ela se dirigiu à personal stylist Silvia Tavares.
🗞️ Por g1 PE e TV Globo
