DÓLAR VAI A R$ 6,27 E O BOLSO FICA CADA VEZ MAIS APERTADO, DO ALUGUEL AO PRATO DO DIA

Com uma economia dolarizada de forma indireta, a subida da moeda norte-americana impacta todos os custos dos brasileiros

Nos últimos dias tem sido comum ver o dólar renovar seus recordes nominais. Desde que o preço da moeda norte-americana passou dos R$ 6, só fez aumentar, chegando no pico de R$ 6,27 nessa quarta-feira (18). Para além das implicações políticas e no mercado financeiro, o impacto de um dólar tão alto é, principalmente, no bolso do brasileiro.

A moeda do Brasil é o real, mas quase tudo que é comercializado por aqui tem uma parcela de dólar envolvida. E esse repasse tende a ser cada vez mais rápido e intenso, diz o economista da XP, Alexandre Maluf.

Do alimento ao combustível, do celular às roupas, em alguma medida, o preço do dólar está embutido, explica o professor da FIA Business School Carlos Honorato. “Um aumento de mais de 25% no ano acaba tendo impacto em tudo, na cadeia inteira do produto. Isso gera uma inflação cambial que é muito difícil de fugir ou reverter“, diz Honorato.

Mas como isso funciona? O trigo do pãozinho é importado, o que significa que o produtor tem que comprar a matéria-prima em dólar. Se de um mês para o outro o dólar passou de R$ 5,80 para R$ 6,20, essa diferença de preço vai ser repassada para o consumidor final.

Essa lógica funciona para muitos alimentos, inclusive os que são produzidos no Brasil. Neste caso, fica mais interessante para os produtores exportarem. Com o dólar mais caro, a mesma tonelada de carne de um mês atrás sai mais cara e aumenta o lucro.

 

Infomoney

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