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Segunda-feira, 02 de novembro Humilhe-se para não ser humilhado

Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que Ele os exalte no tempo devido. 1 Pedro 5:6

Ouvi a história de um jovem pastor escocês que era muito orgulhoso. Ele foi convidado para falar a uma grande multidão. Subiu os degraus até o púlpito com os ombros jogados para trás e o peito estufado. Estava se sentindo extremamente confiante, aparentando muito bem seu orgulho.

Ao começar a pregar, entretanto, o jovem pregador inexplicavelmente perdeu a concentração. Seus pensamentos não fluíam. Ele gaguejava e não conseguia se recuperar. Depois de uns dez minutos de completo constrangimento, decidiu parar.

Fechou sua Bíblia e desceu os degraus desanimado, de ombros baixos e cabeça curvada pela humilhação. Enquanto andava pelo corredor lateral da igreja, uma senhora escocesa segurou em seu casaco: “Rapazinho”, ela disse, “se você tivesse subido ao púlpito do jeito que desceu dele, teria descido do jeito que subiu.”

Talvez nenhum escritor bíblico entendesse tanto de humilhação como Pedro. A Bíblia relata algumas lições que ele teve que aprender a duras penas. Ele era sempre o primeiro a falar em toda e qualquer situação. As listas dos discípulos nas Escrituras trazem seu nome em primeiro lugar. É citado 200 vezes nos evangelhos, enquanto João é mencionado em apenas 31 ocasiões. Era o líder natural dos doze, provavelmente também por ser o mais velho. Jesus realizou oito milagres em favor dele: as duas pescas milagrosas, a cura de sua sogra, a caminhada sobre as águas, a cura da orelha de Malco, as duas libertações da prisão e a moeda na boca do peixe.

Pedro não podia esperar de si próprio nada menos que lealdade e bravura a Cristo. Por isso, não teve hesitação em dizer que iria pelo Senhor até o fim. Jesus o advertiu sobre a falta de base dessa promessa, mas ele não levou o aviso muito a sério.

Na sequência, Pedro negou o Mestre vergonhosamente. Porém, na mesma noite, ele reconheceu que tinha fracassado no teste. Não era tão bom quanto pensava. Humilhado, deixou a casa do sumo sacerdote e chorou amargamente. Seu choro é a prova de que ele gostaria de ser melhor.

Algumas vezes o Eterno faz o galo cantar em nossos ouvidos para reduzir nossas ilusões ao pó. No entanto, quando nos humilha, Ele deseja nos reerguer.

Geraldo Majela

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