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O RETRATO DO DESESPERO DA IMPRENSA ATIVISTA DE DIREITA

ARTIGO POR FABIO AMORIM

O exemplo do site assumidamente de direita chamou atenção. O Antagonista, recentemente, nos deu uma ideia de, como ele e outros, em tom mais agressivo, agem a qualquer custo, para defender as práticas da Lava Jato e o governo que ajudaram a eleger, como se estivesse contestando o seu legado a favor do combate à corrupção.

A cada dia, ficam mais grotescas as abordagens sobre o tema na mídia engajada, levando à perda de credibilidade, mesmo falando para os seus.

Se chegar ao ponto de apelar para a permanência da prisão de Lula, é expressão de desespero. Pressionar pela manutenção do status quo a qualquer custo é imoral.

O site The Intercept Brasil, do jornalista Glenn Greenwald (Vaza Jato) tem desnudado todo um esquema criminoso daqueles quem tinha o dever constitucional de combater os atos ilegais e criminosos. Os fins não podem justificar os meios. Existem as normas vigentes, o devido processo legal a que todos devem ser submetidos, sem exceção.

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Desta maneira, a promiscuidade na relação de quem acusa e de quem julga não pode ser normal. A tentativa de naturalizar o ilícito, o ilegal, o antiético, a parcialidade num processo judicial, a fim de favorecer um dos lados, em benefício de um projeto político de poder, é, no mínimo, monstruoso.

Esses fatos que vieram à tona, só vêm a corroborar com a percepção de que Lula é, de fato, um preso político no país e que existem outros interesses e motivações subterrâneas em todo o processo, para culminar na condenação, prisão e sua inabilitação política eleitoral.

Não perceberam ainda, em sua cruzada incessante, por vezes apelativa, que estão transformando Lula numa vítima, num mártir político da esquerda.

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Essa estratégia fratricida, chega até a agredir o senso comum, subestimam a inteligência alheia, de quem está atento acompanhando o desdobramento dos fatos, que procura se informar sobre o que está acontecendo, com mais equidade.

É toda a narrativa tosca de criminalizar o vazamento como se esse fosse o mais importante aspecto, na tentativa de desacreditar o seu conteúdo, que é o cerne da questão, quando tempos atrás, os mesmos atores que comungavam do ponto de vista de que os vazamentos seletivos da Lava Jato eram justificados sob o prisma de que há necessidade de a sociedade tomar conhecimento dos atos praticados pelos homens públicos, por considerar ser do interesse geral. Como foi o célebre caso da publicação ilegal de diálogos da Presidência da República, no governo Dilma.

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Antes, serviam a um propósito; agora, quando a roda passou a girar ao contrário, quando estes atores são o principal alvo das questões ilícitas em que estão envolvidos, não serve? Quer dizer que o pau que dá em Chico, não serve para dar em Francisco? São dois pesos e duas medidas?

Artigo por Fábio Amorim

Geraldo Majela

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