Cidadão português liderou grupo de hackers luso-brasileiros nos ataques criminosos aos sistemas da instância jurídica máxima da Justiça Eleitoral durante o primeiro turno
A Polícia Federal, com colaboração da polícia de Portugal, deteve na manhã deste sábado (28) um suspeito de ter invadido o sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) durante o primeiro turno da eleição 2020, ocorrido no último dia 15 deste mês.
De acordo com agências de notícias, buscas também continuam em território brasileiro, onde três mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos, além de medidas cautelares de proibição de contato entre investigados nos estados de São Paulo e Minas Gerais.
Além do acesso ilegal aos servidores do Tribunal, a PF apura os crimes de invasão de dispositivo informático e de associação criminosa. Ambos os crimes são previstos no Código Penal; além de outros previstos no Código Eleitoral e na Lei das Eleições (9.504/97).
As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal, após representação efetuada pela Polícia Federal e manifestação favorável da 1ª Promotoria de Justiça Eleitoral.
Ataque hacker causou lentidão no e-Título
O ataque hacker no primeiro turno foi um dos motivos por trás da lentidão que os eleitores enfrentaram para justificar ausências no aplicativo e-Título, segundo o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso.
“Houve uma tentativa de ataque com um grande volume de acessos simultâneos, mas foi totalmente neutralizado pelo TSE e pelas operadoras de telefonia e portanto sem qualquer repercussão sobre o processo de votação”, disse Barroso em coletiva de imprensa realizada durante o primeiro turno.
“Obviamente houve um subdimensionamento ou problema técnico, sobretudo causado pelo desligamento de um dos servidores. Tivemos uma dificuldade e vamos consertar já para o segundo turno”, prometeu Barroso.