Segundo a mãe da vítima, funcionárias Serviço de Atendimento as Vítimas de Violência Sexual (Samvvis) tentaram impedir o aborto. Em nota, a maternidade argumentou que se tratou de um mal-entendido.
Uma menina de 11 anos realizou um aborto legal, na Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER), Teresina, no mês de abril deste ano. A criança foi estuprada pelo próprio padrasto em Piracuruca, Norte do Piauí, segundo o Conselho Tutelar do município. O suspeito de cometer o estupro de vulnerável está preso.
Contudo, segundo a mãe da vítima, funcionárias do Serviço de Atendimento as Vítimas de Violência Sexual (Samvvis), serviço que funciona dentro maternidade, tentaram impedir a realização do aborto. Uma psicóloga e uma assistente social teriam dito à mãe e à criança vítima de estupro, durante o atendimento, para a menor seguir com a gestação e, após o nascimento do bebê, entregá-lo para adoação.
Em nota, a Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER) informou que se tratou de um mal-entendido e que já foi resolvido. “Importante frisar que a orientação para a vítima que deseja – e tem direito- de interromper a gestação é organizar o processo, mas oferecer opções e ser informada sobre os riscos. E foi o que foi feito”, afirmou a maternidade. Leia a nota completa ao fim da reportagem.
Ao g1, a conselheira tutelar de Piracuruca e responsável por acompanhar o caso, Ana Melo, relatou que o conselho foi procurado pela tia da criança, após suspeitas que a menina teria sofrido abuso sexual pelo padrasto.
O conselho, então, foi até a casa onde morava a mãe, o padrasto, a vítima e seus irmãos, para realizar a remoção em segurança das crianças da residência. A retirada delas foi um pedido da própria mãe das crianças.
Após o ocorrido, a menina de 11 anos começou a apresentar enjoo. Ela realizou exames e foi confirmada a gestação.
Atualmente, a menina já recebeu alta, está em casa e bem de saúde.
🗞️ Por Laura Moura, g1 PI